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Ciência, tecnologia e pesquisa no México: Situação atual

A História da ciência e tecnologia no México tem seus começos na “Real e Pontifícia Universidade do México”, criada no ano de 1551, a qual foi uma rede de desenvolvimento intelectual e religioso do país por mais de um século. Durante o período da Ilustração mexicana, o pais avançou rapidamente na ciência, mas durante a Guerra de Independência e os conflitos armados posteriores, não houve desenvolvimento nenhum dentro do país. Apenas ao final do século XIX começou o processo de industrialização, em que novos institutos de pesquisa e universidades foram fundados.


Com o objetivo de desenvolver as políticas de ciência e tecnologia e estabelecer um sentido de organização nas atividades relacionadas com o avanço científico, no ano de 1970 foi criado o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CONACyT). Até hoje esse organismo promove e fortalece o desenvolvimento científico e a modernização tecnológica do México.


Prédio do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CONACyT), Cidade do México.

Foto: CONACyT www.conacyt.mx


Dentro das principais atividades deste organismo, encontram-se o financiamento de programas de bolsas de estudos e apoios para a formação de recursos humanos, oferecendo bolsas para estudar tanto dentro do pais como no estrangeiro. Além disso, este organismo concede bolsas de estudos para professionais estrangeiros que tenham interesse em realizar estudos de pós-graduação no México.


Por outro lado, o CONACyT implementa políticas e programas de apoio para promover o desenvolvimento da pesquisa científica e o fortalecimento acadêmico. Um deles, o Sistema Nacional de Pesquisadores (SNI pelas siglas em espanhol) é um programa desenvolvido para reconhecer o trabalho de pessoas dedicadas à produção de conhecimento científico e tecnológico. O SNI foi criado no ano de 1984, tendo um cadastro inicial de 1200 pesquisadores. Para o ano 2013, este número subiu para 19368. Este núm

ero representa apenas 1 pesquisador a cada 10 mil habitantes, sendo que em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos e o Japão, esse número é de respectivamente 60 e 45 pesquisadores a cada 10 mil habitantes.


Outro apoio que oferece o CONACyT está relacionado com programas orçamentais para conceder apoios destinados ao crescimento e fortalecimento das universidades. Neste sentido, os diferentes pesquisadores do país podem concorrer em diversos editais para obter recursos financeiros com os quais podem desenvolver projetos de pesquisa. Mesmo assim, o México só destina 0,4% do PIB para a pesquisa científica, sendo que a UNESCO recomenda investir pelo menos um 1,5%.


Outros dados interessantes podem ser visualizados quanto ao número de patentes e publicações que são feitas no México. Nos últimos 15 anos, o México teve um total de 218.018 pedidos de patentes na WIPO (Organização Mundial de Propriedade Intelectual), o que seria equivalente a 2 patentes a cada milhão de habitantes. Parecem muitas, não é? Mas na Finlândia, por exemplo, este número é de 271!


Número de pedido de patentes de países latinoamericanos nos últimos 15 anos.

Fonte: www.wipo.int



Em relação às publicações, de acordo com dados da Scimago Journal & Country Rank, o México ocupa a posição 29 de países com mais publicações nos últimos 20 anos, com um total de 232.828 artigos publicados. Outros países da América como Estados Unidos, Canadá, Brasil e Argentina, ocupam os lugares 1, 7, 15 e 37 respectivamente. Enquanto ao número de citações, México ocupa a posição 33, enquanto que os Estados Unidos, o Canadá, o Brasil e a Argentina ocupam as posições 1, 6, 18 e 36 respectivamente.


Os dados aqui apresentados não favorecem muito ao país do México, mas não estão muito abaixo da média quando comparados com outros países da América Latina. A pergunta que talvez você vai fazer é: é ruim a situação atual da pesquisa no México? Para responder a esta pergunta, gostaria de citar as palavras do Dr. Juan Ramón de la Fuente, ex-reitor da Universidade Nacional Autónoma do México: “Temos uma comunidade de pesquisa forte, profissional e produtiva, com impacto internacional crescente, embora ainda centralizada. Essa comunidade ainda é pequena para as necessidades de uma população de quase 120 milhões de habitantes. Temos áreas onde a quantidade de recursos humanos disponíveis não é suficiente para atender à demanda da população. Os jovens precisam saber quais são nossos pontos fracos para que consigam estudar e aplicar os conhecimentos no desenvolvimento de tecnologias que permitam solucionar problemas que estão acontecendo".




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